Titulo: Eficiência de áreas protegidas para a conservação de primatas do nordeste da Amazônia.

Aluna: Leticia Braga da Silva

Resumo: As taxas de desmatamento da Amazônia legal apresentaram queda entre os anos de 2005 e 2012, porém nos últimos 4 anos essa taxa tem subido consideravelmente, sendo em média 6.275 Km² de floresta amazônica brasileira desmatada ao ano, cerca de 75% do desmatamento na Amazônia fica concentrado no chamado “arco do desmatamento” que fica ao longo das bordas sul e leste do bioma, região de intensa pressão antrópica principalmente pelo avanço da agricultura. Criado a 17 anos o SNUC, é um conjunto de diretrizes e procedimentos oficiais que possibilita, as esferas governamentais federal, estadual, municipal e a iniciativa privada a criação, implantação e gestão de unidades de conservação, que são importantes ferramentas para conter ou diminuir o processo do desmatamento, servindo como refúgios da fauna remanescente da região, além de proteger as populações locais. As florestas neotropicais contêm a mais diversa fauna de primatas continentais do mundo, o grupo constitui uma grande proporção da biomassa de frugívoros dessas regiões, desempenhando importante papel na manutenção das florestas, assim considerados importantes engenheiros do ecossistema, participam da estruturação da paisagem e são capazes de dispersar uma grande quantidade e diversidade de sementes. Contudo, segundo a IUCN, mais da metade das espécies da ordem primates são hoje ameaçadas de extinção. São descritas 92 espécies de primatas com ocorrência na Amazônia, onde 89 destas são exclusivas do bioma. Apesar de possuírem diferentes níveis de plasticidade ecológica, possuindo desde espécies que toleram certo nível de degradação, que geralmente são generalistas e de menor porte, à espécies extremamente sensíveis à degradação de habitats, que são em geral de maior porte e sofrem forte preção de caça, estudos vem apontando efeitos negativos da fragmentação do habitat aos primatas, já que, com raras exceções, são estritamente florestais, evitando descer ao nível do solo e se deslocar por áreas abertas tornando-os particularmente vulneráveis à extinção local em paisagens fragmentada o que pode levar a perda das funções prestadas por estas espécies. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho é caracterizar a ocorrência e distribuição das espécies de primatas no nordeste da Amazônia e verificar o quanto as Unidades de Conservação desta área estão sendo eficientes para conservar estas espécies. Para alcançar esse objetivo vamos modelar a ocorrência potencial destas espécies a partir de suas ocorrências e dados abióticos destes pontos e sobrepor os resultados com as áreas protegidas da região, utilizando o método proposto por Rodrigues et al 2003 conhecido como “gap analise”.

Palavras-chave: Modelagem, Primatas, Mamíferos, Unidades de Conservação, Amazônia.

Banca Examinadora:

  • Ana Cristina Mendes (UFPA) – Presidente

  • Dra. Marcela Guimarães Moreira Lima – Titular

  • Dr. Leandro Juen (UFPA) – Titular

  • Dra. Maria Cristina dos Santos-Costa (UFPA)- Suplente

Local: Sala Sat 10 (Prédio anexo do Instituto de Ciências Biológicas da UFPA)

Data: 23/03/2017

Hora: 09h